Entulho jogado em terrenos vira “casa” de abelhas

Saúde
Entulho jogado em terrenos vira “casa” de abelhas 31 janeiro 2015

Quem dispensa objetos como móveis velhos (sofás, armário e guarda-roupas), fogões e geladeiras inservíveis, entre outros, pode não ter conhecimento, mas está fornecendo para as abelhas africanizadas abrigo perfeito para a formação de suas colméias.  Também elas se alojam em forros das edificações, construções, cupinzeiros, ocos de árvores, buracos, entre outros lugares.

De acordo com Rodrigo Iais, diretor de Departamento em Planejamento em Serviços de Saúde de Botucatu, a situação em Botucatu é tão complexa que as chamadas para retirada de enxames de abelhas lideram o número de  ocorrências atendidas pela Vigilância Ambiental em Saúde (VAS), com uma média de oito chamadas por dia, sendo a maior incidência entre os meses de novembro a março. O serviço de retirada de enxames de abelhas africanizadas é realizado no período noturno, entre as 18 e 22 horas.

“As nossas estatísticas demonstram que grande parte dos enxames é coletada em abrigos proporcionados pelo homem. Por isso, é necessário que haja conscientização para que as pessoas evitem jogar esses materiais em terrenos, pois as abelhas acabam fixando moradia e quem mora nas proximidades pode se tornar vítima”, alertas Iais.

O agente de saúde pública da VAS, Valdinei Campanucci da Silva, relata que as abelhas africanizadas têm uma alta capacidade dividir o enxame e sair em busca de um novo local para se fixar. “Durante esta procura de um novo abrigo é muito comum um enxame migratório parar para descansar em árvores, beirais de telhado, entre outros, permanecendo por período de 12 a 48 horas antes de seguirem viagem”, diz Campanucci. “Um enxame de abelha nesta situação não tem um território para defender, por isso não tende a ter um comportamento defensivo, sendo muito baixo o risco de acidentes”, completa.

Segundo o agente, o importante é não atear fogo ou jogar veneno no enxame, pois isso desencadeará um comportamento de defesa das abelhas, que irão atacar pessoas e animais em um raio de até 300 m². “Em caso de ataque de abelhas devemos fugir do local o mais rápido possível, protegendo, principalmente, cabeça e pescoço. Para que animais não se tornem vítimas do ataque, não deixá-los presos ou confinados em canis, gatis ou baias para que eles também possam escapar”, orienta Campanucci.

No ano passado a VAS atendeu mais de 1.200 solicitações de retirada de enxames de abelhas e vespas.  Também já instalou dezenas de caixas-iscas que tem ajudado na captura destes enxames na área urbana do Município. As abelhas capturadas são encaminhadas ao setor de apicultura do Departamento de Produção Animal da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia  (FMVZ) da Unesp. “Nossa intenção é ampliar a instalação destas armadilhas para evitar possíveis acidentes com abelhas, que normalmente atacam quando se sentem ameaçadas”, previu.

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